Ellen White, disse que Jerusalém não seria um Estado judeu?
ACUSAÇÃO- Profetizou que Jerusalém não seria reconstruída como cidade judia, como é na atualidade (Primeiros Escritos, p. 75)
CITAÇÃO:
“Vi que alguns estavam conseguindo um falso reavivamento, despertado por pregarem sobre o tempo; mas a mensagem do terceiro anjo é mais forte do que o tempo possa ser. Vi que esta mensagem pode sustentar o seu fundamento e não necessita de tempo para fortalecê-la; e que ela prosseguirá em grande poder e fará a sua obra, e será abreviada em justiça.
Foram-me indicados então alguns que estão em grande erro de crer que é seu dever ir à antiga Jerusalém, entendendo que têm uma obra a fazer ali antes que o Senhor venha. Tal opinião é de molde a afastar a mente e o interesse da presente obra do Senhor, sob a mensagem do terceiro anjo, pois os que pensam que devem não obstante ir a velha Jerusalém terão sua mente firmada ali, e os seus recursos serão tirados da causa da verdade presente para permitir a eles e outros estarem ali. Vi que tal missão não realizaria nenhum bem real, que levaria um bom espaço de tempo para levar alguns judeus a se tornarem crentes mesmo na primeira vinda de Cristo, quanto mais no Seu segundo advento. Vi que Satanás havia enganado sobremodo alguns neste ponto e que as almas ao redor deles, nesse país, poderiam ser ajudadas por eles e levadas a guardar os mandamentos de Deus, mas foram, deixando-as perecer. Vi também que a velha Jerusalém jamais seria reconstruída, e que Satanás estava fazendo o máximo para levar a mente dos filhos do Senhor para essas coisas agora,...” (Primeiros Escritos, p. 75)
RESPOSTA:
Esta é uma acusação bastante tendenciosa. Tenta fazer crer que Ellen White assegurava que Israel como nação não se formaria de novo num Estado judeu, e muito menos ocuparia seu território atual.
Não é necessário analisar profundamente a citação para se dar conta que Ellen White se referia aos esforços de evangelizar os judeus. Particularmente nessa época havia um grupo adventista que promovia um projeto, cujo objetivo era ir à cidade de Jerusalém para pregar aos judeus, ela (Ellen White) em troca recomenda enfocar esses esforços à obra local.
A mentira e o espírito da mentira da parte dos acusadores são postos em evidência quando ao ler a citação não encontramos o que eles acusam nela, ou seja, que Jerusalém não seria reconstruída como cidade judia.
Outrossim, Ellen White expressa nesse texto que a velha Jerusalém não seria reedificada, o que é certo já que da cidade velha, e em particular o templo judeu, apenas restam o antigo muro das lamentações sem reconstruir, e algumas escavações arqueológicas.
As investigações arqueológicas demonstram que o edifício muçulmano atual, o Haram Esh-Sherif, cobre quase exatamente a extensão do templo (de Jerusalém) destruído, e que uma boa parte dos muros dessa estrutura moderna repousam sobre os fundamentos ou as porções de paredes dos tempos de Herodes. Crê-se geralmente que o altar dos sacrifícios estava no lugar coberto agora pela Mesquita Muçulmana da Rocha, a que por erro se chama Mesquita de Omar.