ACUSAÇÃO- Afirmou que o profeta Enoque habitava em Júpiter ou Saturno junto com outros seres (Early Writings, págs. 39 e 40)
CITAÇÃO: "O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar brilhante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: "Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra." Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma. Então meu anjo assistente me disse: "Ninguém aqui provou da árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam." Então fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi ali o bom e velho Enoque, que tinha sido trasladado. Em sua destra tinha uma palma resplendente, e em cada folha estava escrito: "Vitória." Pendia-lhe da cabeça uma grinalda branca, deslumbrante, com folhas, e no meio de cada folha estava escrito: "Pureza", e em redor da grinalda havia pedras de várias cores que resplandeciam mais do que as estrelas, e lançavam um reflexo sobre as letras, aumentando-lhes o volume. Na parte posterior da cabeça havia um arco em que rematava a grinalda, e nele estava escrito: "Santidade." Sobre a grinalda havia uma linda coroa que brilhava mais do que o Sol. Perguntei-lhe se este era o lugar para onde fora transportado da Terra. Ele disse: "Não é; minha morada é na cidade, e eu vim visitar este lugar." Ele percorria o lugar como se realmente estivesse em sua casa. Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso." (Primeiros Escritos, Págs. 39 e 40)
RESPOSTA: Poucas pessoas tem sido tão vituperadas como Ellen White, e evidentemente podemos corroborar isto nesta nova argumentação contra os seus escritos. A acusação se divide em duas partes, ambas falsas.
Diz que Enoque habitava (ou vivia) em Júpiter ou Saturno. A citação diz que Enoque estava só de visita.
Especifica os nomes dos planetas como dando a entender que nesta época moderna estaria lapidariamente equivocada com os grandes telescópios que permitem confirmar que estes planetas estão desabitados.
Contudo, em nenhum segmento da citação nos dá o nome do lugar em que se encontrava, exceto que eram mundos não caídos, limitando-se unicamente a descrever o seu ambiente. Não podemos encontrar em nenhum lugar do escrito a palavra Júpiter ou Saturno, o que nos permite correr um pouco mais o véu para perceber as dissimuladas intenções de seus acusadores.
O mais evidente neste caso é que seus críticos publicam isso como se fossem afirmações indiscutíveis, e algém que não confira as citações fica com uma idéia errônea semeada por estas pessoas maliciosas.
Isto é pura calúnia , o que, até aos olhos do mundo, é crime, e, mais ainda, está refletida na imutável Lei de Deus, "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo."