* Deus fez um conselho para decidir que fazer com o homem depois da queda?
Ellen White disse que Deus fez um conselho para decidir que fazer com o homem depois da queda?
ACUSAÇÃO- Deus convocou um conselho no Céu após a queda para decidir o que devia fazer (Spiritual Gifts, vol. 3, p.44).
CITAÇÃO- “As novas da queda do homem se espalharam através do Céu. Toda harpa emudeceu. Com tristeza, os anjos arremessaram da cabeça as suas coroas. Todo o Céu estava em agitação. Os anjos sentiram-se magoados com a vil ingratidão do homem em retribuição da rica generosidade que Deus proporcionara. Um concílio foi convocado para decidir o que se deveria fazer com o par culpado.” (História da Redenção- A Tentação e a Queda, parág. 17)
RESPOSTA- A citação não se ajusta ao conceito que nos tentam fazer ver nela os acusadores—ou seja, que Deus não sabia o que fazer com o casal culpado. Unicamente dá a entender que realizou um concílio no Céu e, pelo contexto, podemos deduzir que dele participaram os anjos, se não ativamente, o foi no conhecimento da decisão tomada. Recordemos que Deus havia recebido a acusação de Lúcifer de ser um tirano.
A Bíblia nos revela que Deus realiza conselhos, e dá explicações ao homem. Um exemplo claro de Seus juízos é o caso de Sodoma e Gomorra donde fez participar a Abraão de Seus planos e, inclusive, permitiu que opinasse a respeito intercedendo pelas cidades condenadas. Na história de Jó nos é revelado que no Céu se realizam concílios.
Jó 1: 6 “E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.”
As decisões da Trindade também são plurais e circunstanciais, apesar de Deus conhecer o futuro e já ter tudo predestinado desde a eternidade--Efésios 1:4 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor.”
A citação de Efésios revela que antes da criação do mundo Deus já nos tinha elegido, e, no entanto, durante a criação Deus toma decisões no momento prefixado, como se fosse decisões espontâneas, tal como percebemos em Suas palavras: “Façamos ao homem à nossa imagem.”
Não é de estranhar, então, que compartilhe Sua decisão, e leva em conta a opinião do resto do Céu não-caído.
Ellen White reafirmou vez após vez em seus escritos:
“Os que estão oprimidos por um sentimento de pecado, recordam que há esperança para eles. A salvação da raça humana sempre tem sido o propósito dos concílios do Céu. O pacto de misericórdia foi feito antes da fundação do mundo. Tem existido desde toda a eternidade, e é chamado o pacto eterno. Tão certamente como nunca houve um tempo em que Deus não existisse, tampouco nunca houve um momento em que não fosse o deleite da mente eterna manifestar Sua graça à humanidade.” (ST 12-6-1901)